Segmento com grande representatividade na indústria local, a construção civil vislumbra crescimento moderado em 2011, na comparação ao obtido no ano passado. Em 2010, a atividade registrou 13% de incremento sobre 2009, superando as expectativas dos empresários do ramo. Neste ano, se o avanço chegar a 5%, já significaria um resultado considerável para o setor, sobretudo diante da atual conjuntura.
"Se esse índice se confirmar, tendo em vista a atual conjuntura brasileira, de juros altos e quando se projeta um crescimento de apenas 3,5% a 4,5% para o País; e também depois de um ano com grande avanço para o setor, como foi 2010, crescer entre 4% e 5% seria extremamente razoável", argumenta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira. Até porque, frisa o empresário, o volume de obras governamentais, resultantes da Copa do Mundo de 2014, diminuiram bastante na comparação com o que havia sido anunciado.
"As obras que cabem à Prefeitura Municipal de Fortaleza foram reduzidas ao singular. Restando somente a modificação da avenida Alberto Craveiro, que dá acesso ao Castelão. As demais (Raul Carneiro, Dedé Brasil e Paulino Rocha) passarão apenas por um processo de conservação. No caso da Via Expressa, deve ser feito somente o viaduto que passará pela Avenida Santos Dumont", lamenta.
Já em relação ao Estado, "além do Castelão, tem-se ainda outros investimentos em infraestrutura, como os hospitais regionais e os aeroportos", destaca.
Setor hoteleiro
De acordo com ele, era esperado também um grande acréscimo na construção de leitos para o setor hoteleiro. "Nós tínhamos a esperança de mais investimentos por parte do setor privado, sobretudo daqueles do setor de hotéis, mas lamentavelmente eles não vieram. E nem vemos perspectivas até agora", fala. "Com a Copa, Fortaleza precisaria de pelo menos mais uns 1.000 leitos classificados como quatro e cinco estrelas", afirma.
Habitação
Mesmo com um déficit de 180 mil moradias em todo o Estado, a indústria da construção também não assistiu incremento a partir desse segmento. "O Minha Casa Minha Vida (MCMV) I foi muito fraco aqui no Ceará. Até então, tivemos apenas 13 mil contratações de uma cota superior a 50 mil. Em Fortaleza foram somente 1.500 operações", revela. "Agora, estamos no aguardo do MCMV II, que ficou de ser anunciado no fim de junho", acrescenta.
Tal desempenho, atribui o presidente do Sinduscon-CE, deveu-se basicamente a problemas relacionados com os terrenos e sua infraestrutura, notadamente saneamento.
Juros castigam atividade
Uma outra fonte de preocupação para o setor da construção no decorrer do segundo semestre deste ano, é o aumento crescente dos juros.
"No financiamento imobiliário, as taxas de juros vão de 8,5% a 13% ao ano. Se a Selic continuar subindo do jeito que está, logo, os bancos, ao invés de emprestarem com risco ao incorporador ou ao consumidor, vão preferir aplicar, com segurança, em títulos do governo, obtendo esse retorno. Isto porque, as taxas ficariam muito próximas, repetindo, assim, o que acontecia no passado, descapitalizando o setor", destaca. Roberto Sérgio.
"Se esse índice se confirmar, tendo em vista a atual conjuntura brasileira, de juros altos e quando se projeta um crescimento de apenas 3,5% a 4,5% para o País; e também depois de um ano com grande avanço para o setor, como foi 2010, crescer entre 4% e 5% seria extremamente razoável", argumenta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), Roberto Sérgio Ferreira. Até porque, frisa o empresário, o volume de obras governamentais, resultantes da Copa do Mundo de 2014, diminuiram bastante na comparação com o que havia sido anunciado.
"As obras que cabem à Prefeitura Municipal de Fortaleza foram reduzidas ao singular. Restando somente a modificação da avenida Alberto Craveiro, que dá acesso ao Castelão. As demais (Raul Carneiro, Dedé Brasil e Paulino Rocha) passarão apenas por um processo de conservação. No caso da Via Expressa, deve ser feito somente o viaduto que passará pela Avenida Santos Dumont", lamenta.
Já em relação ao Estado, "além do Castelão, tem-se ainda outros investimentos em infraestrutura, como os hospitais regionais e os aeroportos", destaca.
Setor hoteleiro
De acordo com ele, era esperado também um grande acréscimo na construção de leitos para o setor hoteleiro. "Nós tínhamos a esperança de mais investimentos por parte do setor privado, sobretudo daqueles do setor de hotéis, mas lamentavelmente eles não vieram. E nem vemos perspectivas até agora", fala. "Com a Copa, Fortaleza precisaria de pelo menos mais uns 1.000 leitos classificados como quatro e cinco estrelas", afirma.
Habitação
Mesmo com um déficit de 180 mil moradias em todo o Estado, a indústria da construção também não assistiu incremento a partir desse segmento. "O Minha Casa Minha Vida (MCMV) I foi muito fraco aqui no Ceará. Até então, tivemos apenas 13 mil contratações de uma cota superior a 50 mil. Em Fortaleza foram somente 1.500 operações", revela. "Agora, estamos no aguardo do MCMV II, que ficou de ser anunciado no fim de junho", acrescenta.
Tal desempenho, atribui o presidente do Sinduscon-CE, deveu-se basicamente a problemas relacionados com os terrenos e sua infraestrutura, notadamente saneamento.
Juros castigam atividade
Uma outra fonte de preocupação para o setor da construção no decorrer do segundo semestre deste ano, é o aumento crescente dos juros.
"No financiamento imobiliário, as taxas de juros vão de 8,5% a 13% ao ano. Se a Selic continuar subindo do jeito que está, logo, os bancos, ao invés de emprestarem com risco ao incorporador ou ao consumidor, vão preferir aplicar, com segurança, em títulos do governo, obtendo esse retorno. Isto porque, as taxas ficariam muito próximas, repetindo, assim, o que acontecia no passado, descapitalizando o setor", destaca. Roberto Sérgio.